MARCOS SÉRGIO T. LOPES
Poeta , Associado e Participante do
I ENCONTRO POÉTICO DO GRUPO ENCANTOS E AMOR
MENSAGEM
No
despertar brusco dos dias meus
Na
insensatez plena que a vida se apresenta
Nesse
caminhar que se faz duro;
Porém
necessário...
Tudo
acontece a sua maneira
No
momento exato
Sem
que nada saia do seu eixo.
Longos
momentos de espera
Gente
que se exaspera.
Longos
desencontros
Mesclado
pelos encantos tantos
Sem
que se aperceba o contorno se faz
Delineado,
linear.
Nada
entendemos
Porque
não estamos aqui pra isso.
Estamos
sim, para dar continuidade
Fazer
acontecer tudo e pleno
Como
uma engrenagem perfeita
No
seu trabalho incessante.
Somos
agentes a serviço da vida
Somos
pedaços que devem ser unidos
A
certeza que o mundo está
Com
tanto pra ser construído.
Vamos
em frente
Mesmo
que doa tanto; às vezes
Temos
que mastigar cada pedaço
Mesmo
que o amargor invada nossas bocas
E
aperte um tanto por dentro.
Ao
fim tudo será bem mais
Teremos
em nós a suave sensação
Do
dever cumprido.
Iremos
embora
Deixaremos
os bons momentos
Para
os outros...
Que
virão depois de nós
Com
a mesma missão:
Fazer
o mundo ser algo pra sentir
Nessa
magia de nome vida.
Marcos
Sergio T. Lopes
“MENINO DE RUA”
Trôpego
Olhos vermelhos dilacerados
Perdidos no vazio desencontrado.
Arrastado pela fome
No embuste dos seus dias frios
Na falta de amor...
Tão negado!
Lá vai ele
Num arroubo de coragem
Tomar o tanto que lhe falta
Nesse sinal que agora se fecha.
Simula arma inexistente
Brincando com o medo dos outros
Tanto quanto o seu, camuflado.
Gritos não lhe faltam
Rompantes de violências
Numa mescla de maldades.
Um celular,
Um relógio
E poucos cruzeiros
Para abrandar a fome que lhe come por
dentro.
Sai em disparada
Ganhando alameda nua e abarrotada
Se escondendo por tempo
Nos braços do viaduto.
Uma “pedra” mais
Para esquecer os desconfortos
Carregado de tantos desgostos.
Depois volta ao seu posto
Enrolado em seus trapos
Para tomar mais alguns trocados
Apossando de um tanto que lhe falta.
Um deslize que não contava
Uma bala que lhe caça
Atinge seu peito com sofreguidão
Queima e lhe joga no chão.
Silencio que se alastra
Numa noite que lhe abraça
O olhar que se perde
E o menino se despede da avenida
Prometendo não mais voltar.
Marcos Sergio T. Lopes
MASOQUISMO
Tira-me essas amarras
Deixa que eu te mostre os descaminhos
Levando-lhe pela torpeza incesta
Rasgando a fresta sagrada dos segredos.
Arreganha tuas manhas
E se mostre de forma impudica
Numa meia lua que escancara e descara
Tua nudez tão crua.
Faça-se algoz enfermo
Desterrando esses objetos profanos
Que esconde sob sete chaves
Afogando seus entraves
Escondendo sua real face.
Não engula esse sadismo que queima nas tuas
veias
Mostrando uma ternura tão pura
Que nada mostra de você.
Deixa-se arrastar pelas volúpias abruptas
Que já queimam sua pele
Numa vergonha tamanha
Que esconde nas fronhas
Dos lençóis fétidos...
Nos quais gostaria de se deitar.
Não tem como fugir dessa chama
Que vorazmente te inflama.
Doença de carne que ferve
Queima as tuas entranhas.
Nega e reclama
Enquanto tudo geme e convida
Num resfolegar intenso
Que te agarra com suas garras
Botando as amarras que tanto ama.
Deixa escapulir essas sandices que te
inflama
A luxúria que te chama.
E no saciar de pleno
Goze todas as volúpias
Até que sua carne deixe de implorar
Essa dor que agora a esmaga
Mostrando a realidade
Toda verdade que tentou abafar.
Marcos Sergio T. Lopes
AMARGO DESENLACE
Infelizmente chegou o momento
Desato minhas mãos das tuas
Minha vida da tua
Vou embora...
Sem levar teu coração.
Não, não precisa chorar
O tempo já se faz
Tenho que partir
Mesmo que isso possa doer em ti.
Me perdoe por essa despedida
Por não te levar comigo
Tenho que ir só.
Quem sabe um dia
Quem sabe num outro momento...
Possamos sorver uma vida inteira juntos.
Sei que ficará um vazio em ti
Eu também vou oco por dentro!
Levo comigo as lembranças
Tudo que te amei
E o tanto que me amou
Agora, me dê um ultimo beijo,
Para que eu guarde comigo.
Fique em paz, querida,
Quero também um sorriso
Voltarei sempre com a brisa
Para que tenhas a certeza
Que jamais será esquecida.
Desculpe não poder te amar mais
São coisas da vida
Essa, que agora me convida,
A te deixar aqui
Mesmo que eu não queira...
Até um dia, querida.
Marcos Sergio T. Lopes - 06/08/2008
Infelizmente chegou o momento
Desato minhas mãos das tuas
Minha vida da tua
Vou embora...
Sem levar teu coração.
Não, não precisa chorar
O tempo já se faz
Tenho que partir
Mesmo que isso possa doer em ti.
Me perdoe por essa despedida
Por não te levar comigo
Tenho que ir só.
Quem sabe um dia
Quem sabe num outro momento...
Possamos sorver uma vida inteira juntos.
Sei que ficará um vazio em ti
Eu também vou oco por dentro!
Levo comigo as lembranças
Tudo que te amei
E o tanto que me amou
Agora, me dê um ultimo beijo,
Para que eu guarde comigo.
Fique em paz, querida,
Quero também um sorriso
Voltarei sempre com a brisa
Para que tenhas a certeza
Que jamais será esquecida.
Desculpe não poder te amar mais
São coisas da vida
Essa, que agora me convida,
A te deixar aqui
Mesmo que eu não queira...
Até um dia, querida.
Marcos Sergio T. Lopes - 06/08/2008
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